Guerino Casassanta - Professor e Psicólogo
(Revista do Ensino - 1962 - Porto Alegre - Brasil).
Se, no adulto, as emoções produzem determinados choques, na criança essas perturbações assumem caráter muito mais sério.
A criança se encontra num período de instabilidade em razão do seu crescimento. Ela vive em desequilíbrio contínuo.
Isso explica como, muitas vêzes, a criança passa do choro ao riso, de uma atividade a outra, com uma grande rapidez.
Sendo grande a sua vida afetiva, está a criança mais sujeita aos choques emocionais do que os adultos.
Além disso, não dispõe de energias físicas, não possui resistência para suportar o aparecimento da emoção.
Além da gravidade da crise emocional, com todo o cortejo de efeitos maléficos sobre a vida infantil, é preciso frisar a presença de um fator importante de que a criança é desprovida: a clareza da inteligência.
A adulto, sofrendo o choque da emoção, procura logo conhecer a situação e, assim restabelecer o equilíbrio perturbado.
A criança, entretanto, não dispõe de suficiente compreensão para se orientar. Então, o choque se prolonga através de sua hesitação, da desordem física e mental que a emoção produziu.
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